ATA DA VIGÉSIMA SESSÃO
ORDINÁRIA DA PRIMEIRA SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA SEXTA LEGISLATURA,
EM 21-3-2013.
Aos vinte e um dias do mês
de março do ano de dois mil e treze, reuniu-se, no Plenário Otávio Rocha do
Palácio Aloísio Filho, a Câmara Municipal de Porto Alegre. Às quatorze horas e
quinze minutos, foi realizada a segunda chamada, respondida pelos vereadores Airto Ferronato, Any Ortiz, Clàudio Janta, Delegado Cleiton, Dr.
Thiago, Engº Comassetto, Fernanda Melchionna, Guilherme Socias Villela, João
Carlos Nedel, João Derly, Lourdes Sprenger, Luiza Neves, Mario Fraga, Paulinho
Motorista, Paulo Brum e Rodrigo Maroni. Constatada
a existência de quórum, o senhor Presidente declarou abertos os trabalhos.
Ainda, durante a Sessão, compareceram os vereadores Alberto Kopittke, Alceu Brasinha, Elizandro Sabino, Idenir
Cecchim, Jussara Cony, Marcelo Sgarbossa, Márcio Bins Ely, Mario Manfro, Mauro
Pinheiro, Pedro Ruas, Reginaldo Pujol, Séfora Mota, Sofia Cavedon, Tarciso
Flecha Negra, Valter Nagelstein e Waldir Canal. Após, foram apregoados os Ofícios nos 363, 364 e
365/13, do senhor Prefeito, encaminhando, respectivamente, os Projetos de Lei
do Executivo nos 012, 013 e 014/13 (Processos nos 1111,
1112 e 1113/13, respectivamente). Também, foi apregoado Memorando de autoria do
vereador Cassio Trogildo, deferido pelo senhor Presidente, solicitando
autorização para representar externamente este Legislativo, hoje, no Seminário
Grandes Públicos em Ambientes Seguros, no Auditório do Sindicato dos
Engenheiros do Rio Grande do Sul, em Porto Alegre. Do EXPEDIENTE, constaram:
Ofício do Fundo Nacional de Saúde do Ministério da Saúde, emitido no dia treze
de março do corrente; Comunicado do Fundo Nacional de Desenvolvimento da
Educação do Ministério da Educação, emitido no dia sete de março do corrente.
Durante a Sessão, deixaram de ser votadas as Atas da Décima Segunda, Décima
Terceira e Décima Quarta Sessões Ordinárias. A seguir, o senhor Presidente
concedeu a palavra, em TRIBUNA POPULAR, às senhoras Enilda Dias Ferreira e Beatriz
Poggetti Piccoli, do
Instituto Nacional da Próstata, que divulgaram ações a serem desenvolvidas por
esse Instituto no corrente ano. Em continuidade, nos termos do artigo 206 do
Regimento, os vereadores João Carlos Nedel, Luiza Neves, Lourdes Sprenger,
Rodrigo Maroni, Alberto Kopittke, Airto Ferronato e Tarciso Flecha Negra
manifestaram-se acerca do assunto tratado durante a Tribuna Popular. Após, o
senhor Presidente concedeu a palavra, para considerações finais sobre o tema em
debate, às senhoras Enilda Dias Ferreira e Beatriz Poggetti Piccoli. A seguir, foi aprovado Requerimento
verbal formulado pelo vereador João Carlos Nedel, solicitando alteração na ordem dos
trabalhos da presente Sessão. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, pronunciaram-se os
vereadores Tarciso Flecha Negra, Jussara Cony, Idenir Cecchim, Clàudio Janta e
Engº Comassetto. Em COMUNICAÇÕES, pronunciaram-se os vereadores Alberto
Kopittke, Alceu Brasinha, Delegado Cleiton, Idenir Cecchim, João Derly e
Clàudio Janta. Em PAUTA, Discussão Preliminar, estiveram: em 1ª Sessão, os
Projetos de Lei do Legislativo nos 045 e 061/13 e os Projetos de Lei
do Executivo nos 010 e 011/13; em 2ª Sessão, os Projetos de Lei do
Legislativo nos 002 e 027/13 e o Substitutivo nº 01 ao Projeto de
Lei do Executivo nº 038/12. Às
dezesseis horas e vinte minutos, constatada a inexistência de quórum, o senhor
Presidente declarou encerrados os trabalhos, convocando os senhores vereadores
para a Sessão Ordinária da
próxima segunda-feira, à hora regimental. Os trabalhos foram presididos pelos
vereadores Dr. Thiago e João Derly e secretariados pelo vereador João Carlos
Nedel. Do que foi lavrada a presente Ata, que, após distribuída e aprovada,
será assinada pelos senhores 1º Secretário e Presidente.
O SR.
PRESIDENTE (Dr. Thiago): Passamos à
A Sra. Enilda Dias Ferreira, representando o
Instituto Nacional da Próstata, está com a palavra, pelo tempo regimental de 10
minutos, para tratar de assunto relativo à divulgação
das ações do Instituto para 2013.
A SRA. ENILDA DIAS FERREIRA: Boa-tarde. A
solicitação deste espaço público é uma forma de nós comunicarmos ao maior
número de porto-alegrenses possível as ações do nosso Instituto. O Inprós é um
jovem Instituto, é uma associação civil que se propõe a prestar um apoio em
relação à saúde do homem. O Instituto envolve 16 áreas, e nós batalhamos há
mais de seis anos para que esta realidade se modifique, isto é, que nós
tenhamos condições de perder o título de Capital de morte de homens por câncer
de próstata, que é um título que não nos honra, então achamos por bem – um
movimento bastante significativo, de mais de cem pessoas – fazer alguma coisa,
fazer ações de modificação desta realidade. Começamos realizando encontros,
palestras, seminários, mutirões de saúde. Assumimos o nome de Instituto
Nacional, embora o nosso foco preferencial seja o Município de Porto Alegre e
nele já tenhamos feito alguma caminhada importante, mas ele se tornou nacional
por ser o primeiro do País, para estimular outros Municípios, como nós temos
tido o acompanhamento de perto de dois Municípios do Estado do Rio de Janeiro
que têm vindo participar dos nossos seminários municipais e estaduais desde o
início. Neste ano, nós vamos realizar o nosso VI Seminário Estadual e o VII Municipal, porque o Instituto Nacional da Próstata realizou o
seu I Seminário Municipal aqui nesta Casa e, depois, passamos a trabalhar
vinculados à Assembleia Legislativa e temos carreado um número muito
significativo de pessoas e de Municípios. Para vocês terem uma ideia, nós já
estamos atingindo um número muito próximo de cem mil pessoas. Algumas dessas
pessoas são diretamente comprometidas, envolvidas e trabalham em prol do
Instituto como voluntárias, porque somos todos voluntários, nós não temos
funcionários, todas as pessoas vinculadas ao Instituto têm o seu trabalho, têm
a sua tarefa pública, civil, particular, empresarial e, também, a parte
voluntária, a parte solidária, a parte humana de preocupar-se com essa área e
de dizer-se presente nesta causa.
Então, o objetivo de
eu estar aqui falando em nome do Conselho de Administração do Instituto é fazer
este alerta, é dizer que nós temos uma proposta de trabalho. Para os senhores,
para todos os Vereadores foi encaminhado o relatório do ano passado das ações
que realizamos, como em todos os anos. Nós não trabalhamos apenas para
entidades públicas, embora nós saibamos que algumas entidades têm um vínculo
muito estreito conosco.
Nós estamos já, há
dois anos, trabalhando vinculados com a Prefeitura Municipal que, nesta
parceria, nos liberou um espaço na Galeria do Rosário, onde temos o nosso
núcleo principal e, em contrapartida, o Instituto reúne uma vez por mês todas
as pessoas, cidadãos e pessoas de outras prefeituras que venham expor ou pedir
orientação em relação ao seu trabalho sobre a saúde do homem.
E esta troca de
figurinha, esse trabalho solidário tem dado muito fruto, porque muitas coisas
nós podemos fazer sem necessariamente contar com verbas públicas ou grandes
recursos. Porque vocês sabem, como eu sei, que, se nós temos um ingrediente
mágico chamado boa vontade, iniciativa e determinação, nós fazemos o que
precisa ser feito com excelente qualidade, sem precisar contar com muitos
recursos.
E é nessa modalidade
de trabalho que o Instituto age. Para este ano, nós temos previsto, além da
realização dos dois seminários no mês de outubro, que são os nossos dois
grandes eventos, dois cursos: um curso de formação, que, para o Instituto,
seria o quarto Curso de Formação em Saúde do Homem, que é um
curso breve, que prepara palestrantes a falar sobre as medidas de prevenção ao
câncer de próstata; e o outro é o Curso de Cuidadores de Saúde, que está sendo
previsto, organizado, pensado por um grupo muito significativo da Escola de
Saúde Pública, que se dispôs, pois são voluntários do Instituto, a colaborar
nisso. Como nós dispomos de um espaço que permite perfeitamente a permanência
de 15 pessoas na nossa sala, na Galeria do Rosário, e temos equipamentos
suficientes para promover este curso, é muito interessante que a gente utilize esse
espaço, até porque é central, vai reunir um número significativo, de dez a
quinze pessoas, o que é um tamanho de turma muito bom, dá para todos
conversarem e tratarem do assunto; e temos profissionais de alta qualidade.
Depois, nós pretendemos fazer, e vai acontecer
primeiro, a festa do sexto aniversário do Instituto, que já está sendo
planejada por uma comissão de amigos e pessoas voluntárias do Instituto do
Município de Alvorada, que está muito interessado em fazer, rapidamente, tudo o
que o Município de Porto Alegre faz. Então, esses amigos e associados de
Alvorada estão organizando o nosso primeiro galeto, que acontecerá no dia 18 de
maio na Afocefe, e todos os senhores já estão convidados, e, com certeza, será
uma festa muito interessante. Terá o limite máximo de cem pessoas, e nós
acreditamos, por ser um espaço privilegiado, por ser à beira da praia de
Ipanema, por ter uma área de lazer, um estacionamento onde todos podem deixar
seus carros protegidos, com som, filmes, muita gente bonita e muita gente
contente, que será uma manhã e um almoço muito agradável.
Depois, teremos, com certeza, o nosso evento maior,
que é o Seminário Estadual, que deverá ocorrer no dia 25 de outubro, e, mais
próximo ao evento, nós faremos o lembrete novamente. E teremos a caminhada dos
vitoriosos no mês de novembro, que será o 1º Novembro Azul. Este evento
aconteceu graças ao apoio da Prefeitura Municipal de Porto Alegre, que se
sensibilizou no ano passado, junto com a empresa Aplub, e realizamos, então, o
1º Novembro Azul, do primeiro Município de Porto Alegre a trabalhar a questão
Saúde do Homem.
Eu estou aqui em nome de todos os membros do
Instituto, muitos deles aqui presentes, e quero apresentar duas pessoas do
Instituto que irão falar brevemente a sua mensagem: a Ver.ª Luiza Neves e a
Diretora do Idoso, Dra. Beatriz Poggetti Piccoli. Quero agradecer a vocês de
todo coração a acolhida e a recepção que tivemos do Presidente Dr. Thiago, de
todos os amigos que estão aqui presentes. E quero mais ainda, quero convidá-los
e convidar os seus amigos para que venham associar-se ao Instituto, pois ele
precisa de todos nós, precisa muito dos meninos, dos rapazes, mas precisa
também das meninas. Como vocês estão vendo, nós somamos, dividimos e
multiplicamos o cuidado pelos meninos.
Eu trouxe esses fôlderes, Dr. Thiago (Mostra
fôlderes.), vou deixar no seu Gabinete e no do Ver. Márcio Bins Ely, que tem
nos dado um apoio irrestrito, depois, quem quiser, pode apanhá-los. Muito
obrigada.
(Não revisado pela oradora.)
O SR.
PRESIDENTE (Dr. Thiago): A Sra. Beatriz Poggetti Piccoli está com a palavra.
A SRA. BEATRIZ
POGGETTI PICCOLI: Boa-tarde, Sr. Presidente, Ver. Dr. Thiago; Srs.
Vereadores, Sras. Vereadoras, e demais presentes. A Enilda falou da parte
administrativa, e eu venho aqui em nome da defesa da saúde do homem. Não
precisam levantar a mão, mas quantos dos senhores já fizeram o exame de
Próstata? Excelente, parabéns!
Eu não sei se os senhores têm conhecimento do que é
vir a óbito de um câncer de próstata. É uma das mortes mais sofridas, mais
doloridas que um ser humano possa ter. Ela atinge os ossos, atinge todo o
organismo, o homem deixa de querer comer porque a comida fede literalmente; ele
não come porque a comida tem um cheiro de fezes, falando exatamente.
Então, Srs. Vereadores, Sras. Vereadoras, cuidem
dos seus esposos, dos seus pais, cuidem de vocês também – isso é muito
importante. Em Porto Alegre e em outros locais, o PSA já é um caminho, há pouco
tempo, já o tínhamos incluído nos postos de saúde gratuitamente, mas parece que
não está mais assim, o que é uma lástima, mas se cuidem senhores. A prevenção
salva; o preconceito mata! Eu tenho uma pergunta a fazer aos senhores, e ela
realmente não quer calar, e eu vou encerrar a minha fala com esta pergunta: os
senhores que estão dirigindo Porto Alegre na Câmara de Vereadores sabem para
onde vai o idoso doente, carente? Os senhores sabem para onde ele é mandado
quando precisa de longa permanência? Como eu lido com eles há muitos anos, eu
sou uma das voluntárias da Associação Emanuel, junto com o Pastor Araudo, há
quase 20, nós lá recebemos os idosos, muitas vezes na madrugada, na calçada,
envoltos em sacos plásticos – juízes nos mandam, Ministério Público nos
encaminha, os hospitais, quando não podem mais ficar com o paciente no leito e
a família some –, porque pessoa doente, de idade, é descartada totalmente. E
quem daqui não vai ficar velho que não seja por uma doença ou acidente? Então,
pensem, e respondam para vocês, e por gentileza, respondam à sociedade: para
onde vai, em Porto Alegre, o idoso doente e pobre que não pode pagar uma
instituição? Nós temos em torno de 3 mil pessoas no Emanuel, a maior parte
delas usando fralda descartável, sendo alimentada por sonda nasogástrica, e
recebemos de algumas instituições, em parceria – o que seria uma obrigação do
Estado prover –, que não pagam metade da atenção e do cuidado 24 horas que
temos. Então, por gentileza, respondam à sociedade para onde vai o idoso doente
e pobre. Obrigada. (Palmas.)
(Não revisado pela oradora.)
O SR. PRESIDENTE
(Dr. Thiago): O Ver. João Carlos Nedel está com a palavra, nos termos do art. 206 do
Regimento.
O SR. JOÃO
CARLOS NEDEL: Ilustre Presidente, quero, em nome da minha Bancada, do Partido
Progressista, dos Vereadores Guilherme Socias Villela, Mônica Leal e meu, dar
as boas vindas a essa lutadora, Enilda Dias Ferreira, Presidente do Instituto
Nacional da Próstata, e à sua companheira de batalhas e lutas pela saúde dos
guris, a Dra. Beatriz Piccoli, sejam muito bem-vindas.
Eu, como já experiente pela minha idade nestes
exames de próstata, quero cumprimentar o trabalho que vocês fazem, porque
realmente a prevenção, a divulgação desses exames é extremamente importante
para a saúde do homem. Há pouco, estava em meu gabinete um amigo dizendo que
estava com problemas e iria fazer biópsia. Perguntei: “Mas como, não fizeste
esse exame aos 40 anos?” Ele: “Não, só fiz aos 60”. Então, quero cumprimentar e
agradecer pela divulgação da importância desses exames da próstata. Gostaria
ainda de dizer que estaremos presentes lá no galeto, colaborando com essa
Entidade tão importante para a nossa Cidade. Meu cumprimentos, muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Dr. Thiago): A Ver.ª Luiza Neves está com a palavra, nos termos
do art. 206 do Regimento.
A SRA. LUIZA
NEVES: Sr. Presidente, Ver. Dr. Thiago, falo em nome da Bancada do PDT, dos
Vereadores Nereu D’Avila, Márcio Bins Ely, Mario Fraga, Janta e Delegado
Cleiton, para saudar o Inprós, representado pela
Enilda Ferreira e pela Beatriz Piccoli. Gostaria de dizer que tive o privilégio
de conhecer esse trabalho do Inprós, e de acompanhar, de perto, o esforço da
Enilda, sua Presidente. Estivemos acompanhando desde a inauguração da sede no
Centro, e mesmo antes, nos eventos que foram realizados para angariar fundos
para que esse lindo trabalho do Inprós continue sendo referência. Quero dizer,
também, que Porto Alegre é vanguarda em muitas coisas e que o foi, novamente,
através do exame livre do PSA para todos os homens. Temos o Novembro Azul, uma
atividade na qual também fomos pioneiros, e tantas outras coisas boas que o
Inprós, juntamente com a nossa Prefeitura, tem proporcionado, tanto para as
mulheres, quanto para os homens. Nós já temos o Centro de Referência de
Atendimento às Mulheres Vítimas de Violência, e, agora, o Inprós – já estou
adiantando o assunto – com essa demanda, está criando o Centro de Referência
para a Saúde do Homem. Essa Câmara está aberta para todas as demandas e, por
fim, parabenizo o Inprós, desejando que Deus abençoe a todos.
(Não revisado pela oradora.)
O SR.
PRESIDENTE (Dr. Thiago): A Ver.ª Lourdes Sprenger está com a palavra, nos
termos do art. 206 do Regimento.
A SRA. LOURDES
SPRENGER: Quero cumprimentar a Enilda, que conheço há bastante tempo, e referir a
luta que trava nesse Instituto, trabalhando pela saúde do homem, o que é muito
bom. A gente sabe que não é um exame muito procurado, há muita resistência. E o
homem, quando vai procurar a medicina, a doença já está em situação avançada.
Mas eu quero me referir à Dra. Beatriz Piccoli – prazer em revê-la, nós fomos
colegas –, destacando o trabalho que realizas e pelo qual tenho grande
interesse, que é sobre o idoso. A minha grande preocupação, hoje, é a
fiscalização do atendimento ao idoso nas clínicas, porque nós temos recebido,
independentemente de estarmos aqui como Vereadora, reclamações de familiares.
Então, acredito que as clínicas devem ser melhor fiscalizadas quanto ao
atendimento e às exigências da Vigilância Sanitária. Cumprimento ambas por esse
belo trabalho que realizam. Estou falando em nome da Bancada do PMDB, do nosso
Líder, Ver. Idenir Cecchim, e dos Vereadores Valter Nagelstein e Professor
Garcia.
(Não revisado pela oradora.)
O SR.
PRESIDENTE (Dr. Thiago): O Ver. Rodrigo Maroni está com a palavra, nos
termos do art. 206 do Regimento.
O SR. RODRIGO
MARONI: Queria cumprimentar, em nome dos Vereadores João Derly e Jussara Cony,
a Professora Enilda – pelo nível de importância com que estás envolvida, posso
te chamar de doutora; a Dra. Beatriz; o Ver. Dr. Thiago, que também tem todo um
envolvimento com a questão da saúde, e os colegas Vereadores. É difícil
acreditar que nós, em 2013, ainda debatamos algo que é anterior à saúde, que é
a questão do valor e do preconceito. Coincidentemente, comentava com o Ver.
João que o meu avô, com 84 anos, hoje, está internado no Hospital São Lucas
para retirada da próstata. Não tenho dúvidas de que boa parte do acontecido foi
pela dificuldade de compreender a importância desse exame médico, como pela
própria cultura em que foi criado. Eu tenho 31 anos, e ainda não fiz o exame de
próstata, até por achar que ainda era cedo, apesar de já ter feitos outros de
igual procedimento, como a colonoscopia, e lavagem de intestino. Acredito que
teríamos que achar uma forma de dar mais visibilidade ao tema, porque é uma
demanda, como falaram, que precisa de recurso público, mas, mais do que isso,
de boa vontade, de disposição e de um olhar especial. Eu acho que o senhor, Dr.
Thiago, como um representante da Saúde, deveria motivar os seus colegas Vereadores
a fazerem o exame, acima ou abaixo de 40 anos, para estimular esse debate e dar
visibilidade ao tema. Esse assunto tem um nível de importância geral, e não
podemos perder vidas ou pagar por um preconceito. Preconceito tem que se ter
com quem tem esse tipo de atitude.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Dr. Thiago): O Ver. Alberto Kopittke está com a palavra, nos
termos do art. 206 do Regimento.
O SR. ALBERTO
KOPITTKE: Muito boa-tarde minha querida amiga, professora Enilda Ferreira; querida
amiga, Bia Piccoli, trago aqui, em nome da Bancada do Partido dos Trabalhadores
– dos Vereadores Engº Comassetto, Marcelo Sgarbossa, Sofia Cavedon e Mauro
Pinheiro –, um abraço e as nossas congratulações. De maneira geral, a saúde do
homem é um tema, muitas vezes, deixado de lado, tanto que nas famílias os
homens vão ficando pelo meio do caminho. A idade média de vida dos homens chega
a ser de dez anos a menos do que a das mulheres. A maioria de nós conheceu
apenas as avós, e não os avôs, que partem antes, exatamente por causa dessa
falta de cuidado do homem com a sua própria saúde, com o seu corpo, e
especificamente com relação ao problema do câncer de próstata. Os nossos
cumprimentos, o nosso estímulo a quebrar essa barreira, esse preconceito cultural
do exame de próstata, que nós pagamos com a própria vida. É o machismo, que não
é pago pelo sofrimento da mulher ou dos filhos, mas o próprio homem com a sua
vida, sofrendo dolorosamente depois.
Estaremos juntos no encontro. E registro aqui um
abraço e um apreço muito especial pela Dra. Bia Piccoli. Talvez tenha alguém
nesta Cidade que lute tanto quanto a senhora pelos idosos, mas não mais, e essa
pergunta que a senhora fez tem que ficar sempre entre nós, porque uma sociedade
que não cuida dos seus idosos é uma sociedade que não tem respeito pela sua
própria história, pela sua própria memória.
Seguimos na luta para que Porto Alegre tenha
efetivamente, ou volte a ter, uma política municipal para os idosos, em
especial para aqueles mais carentes, que ficam ainda mais prejudicados. Um
grande abraço.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Dr. Thiago): O Ver. Airto Ferronato está com a palavra, nos
termos do art. 206 do Regimento.
O SR. AIRTO
FERRONATO: Caro Presidente, Enilda e Beatriz, falo em nome do meu Partido, o PSB,
em meu nome e em nome do Ver. Paulinho Motorista. Quero cumprimentar pela
presença de todos vocês aqui, é importante dizer que esta Mesa está muito bem
representada, a começar pelas nossas duas ilustres visitantes – palestrantes neste
momento –, e pelo nosso Presidente-médico, homem que trata das coisas da Saúde
do nosso Município. Gostaria de dizer da importância deste momento. Estamos
juntos, é importante para todos nós ouvir sobre questões de que se fala muito
pouco, principalmente entre nós, homens. Nós falamos de muitas coisas, agora,
sobre a doença do homem, a doença da próstata, a gente parece que tem medo e
meio que se afasta dela, sequer medita sobre ela. E também se procura muito
pouco o médico para tratar do tema, por isso a importância deste momento. Quero
dizer que estaremos juntos nos eventos e, aqui na Câmara, nos colocamos à
disposição de vocês para conversar sobre esses dois grandes temas: o idoso e a
saúde do homem e da mulher, da nossa família. Um abraço, obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Dr. Thiago): O Ver. Tarciso Flecha Negra está com a palavra, nos
termos do art. 206 do Regimento.
O SR. TARCISO
FLECHA NEGRA: Obrigado, Presidente. Quero cumprimentar a Enilda e a Beatriz por esse
belíssimo trabalho, que me deixou bem curioso (Lê.): “Venha conosco. Como
pensador, você pode contribuir apresentando suas ideias para aumentar a
expectativa e a qualidade de vida dos homens!” Obrigado por estar nos cuidando
também. Em nome do Bernardino, em meu nome, do PSD, a gente está aqui apoiando
vocês. Eu me lembro, na época do futebol, que, quando se voltava das férias,
tinha que se fazer não só o exame de próstata como todos os outros exames para
que o jogador pudesse... principalmente no Grêmio, isso era muito... E ficava a
brincadeira dentro do vestiário: quem vai, quem vai primeiro? Era um exame, Dr.
Thiago, meio estupro, vamos dizer assim! Hoje o exame já é tranquilo.
Quero falar também a respeito do negro. Eu sou da
década de 1970 – os meus 20 anos –, e havia uma resistência muito grande e um
preconceito muito grande. Graças a Deus que essa resistência e esse
preconceito... Principalmente, nós, negros, havia não só preconceito, mas uma
restrição muito grande contra os negros, essa é a verdade. Mas agora, graças a
Deus, esse caminho foi mudado por vocês e por todos aqueles preocupados com
todos os tipos de doenças da mulher, do homem. Então, está se mudando isso aí,
está se mudando esse caminho.
Mas, até a minha época, a gente brigava para não
fazer o exame; era uma luta, era um preconceito, o homem que ia fazer isso
ficava meio que falado na roda. Mas hoje não! Hoje a gente vê que isso é comum,
isso é normal, é o cuidado consigo mesmo, com o seu corpo. Vocês têm o apoio
aqui do PSD, meu e do Bernardino. Eu quero agradecer, é uma maravilha o que
vocês estão trazendo para que todos nós, homens, a partir dos seus 30, 40 anos,
possam ter um pouquinho de conhecimento dessa doença e possam se preparar.
Obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Dr. Thiago): Eu quero agradecer a presença de vocês aqui e
contar rapidamente algumas coisas que eu acho que são importantes. No ano
passado, eu e um Vereador desta Casa sentamos para fazer um projeto de saúde do
homem. Nós focamos na questão da próstata, Tarciso. Mas, porque ele entendeu
melhor assim, nós elencamos todas as patologias que atingem os homens e fizemos
uma legislação focando todas as patologias, sendo uma delas a patologia ocular.
E esse Vereador é o Bernardino Vendruscolo. Talvez graças a esse Projeto, a
essa preocupação dele com a comunidade, com os munícipes de Porto Alegre, ele
tenha podido fazer um diagnóstico precoce do seu problema, que ele descreveu
aqui da tribuna. Então, temos uma legislação de saúde do homem. E eu acho que
essa, Janta, tem que ser conjugada com uma outra legislação, que é a questão da
abertura dos postos em horário estendido. Os homens não fazem prevenção porque
eles são trabalhadores – nosso representante sindical, Clàudio Janta – e não
têm tempo para ir ao posto de saúde. Então, precisa ter o horário estendido, se
não 24 horas, pelo menos o terceiro turno para que o trabalhador que labuta
todo o dia possa consultar o médico, os profissionais de saúde num horário
estendido. Então, Porto Alegre tem duas legislações que precisam avançar, e eu
tenho convicção de que a Secretaria da Saúde, o Secretário da Saúde e o
Prefeito Fortunati vão avançar muito nesses próximos anos com relação à saúde
do homem, avançando, integralizando o programa e também dando possibilidade de acesso
à consulta médica com os profissionais de saúde. Um abraço ao Bernardino, que
certamente está nos ouvindo, Maroni e Tarciso.
A Sra. Enilda Dias Ferreira está com a palavra para
as suas considerações finais.
A SRA. ENILDA
DIAS FERREIRA: As considerações finais dizem respeito, primeiro, à
apresentação da nossa Diretora da área do homem de outras etnias. Nós tínhamos
a área do homem negro, mas nós temos também a questão do homem indígena e dos
homens de outras etnias, pois nós somos, graças a Deus, um país de muitas
etnias. E esta moça, a Gabriela Cruz, é a nossa Diretora, é o nosso apoio.
Então, eu estou apresentando a Gabriela a vocês, ela já participa do Instituto
há bastante tempo junto conosco. Vão acontecer outras oportunidades de estarmos
aqui porque uma boa acolhida como esta que vocês nos deram nos estimula a fazer
mais, a fazer melhor e a querer estar por perto, porque assim como nós fomos
bem acolhidas, bem queridas aqui nesta Casa, onde nascemos, porque nasceu
aqui... a maioria dos fundadores do Inprós, não é Nedel? (Pausa.) Muitos,
muitos dos Vereadores, de imediato, aderiram à ideia, então, além do pessoal da
rua, como eu digo, aqui nesta Casa, a gente fez o 1º Fórum Municipal de Saúde
Masculina. Assim como nós temos essa boa acolhida, eu quero dizer para vocês
que, da mesma maneira, o Instituto da Próstata se dispõe, se disponibiliza para
atender e auxiliar naquilo que vocês julgarem conveniente. Nós temos um corpo
profissional excelente, de primeiríssima qualidade em várias áreas de trabalho,
e, por isso, é uma entidade privilegiada. Temos nos deslocado para o interior
do Estado, temos recebido pessoas de outros Municípios, de outros Estados e até
do Ministério da Saúde. Então, essa mesma facilidade com que nós somos
acolhidos nós queremos disponibilizar para vocês, para aquilo que as
comunidades de vocês e os grupos que vocês conhecem acharem necessário. Pouco
antes de eu vir para cá, eu recebi uma liberação total e irrestrita de vários
movimentos femininos importantes daqui de Porto Alegre que atuam há mais de 20
anos e que querem se somar ao Instituto da Próstata, para que nós possamos
fazer grandes momentos de saúde para a família – para homens, mulheres,
crianças, para que a gente possa fazer eventos que agreguem. Então, as meninas
de Porto Alegre também estão junto – todas, dos outros movimentos – no
movimento do Instituto da Próstata. Muito obrigada, Dr. Thiago; muito obrigada,
prezados homens e mulheres públicos de Porto Alegre. Às ordens, estamos à
disposição de vocês! (Palmas.)
(Não revisado pela oradora.)
A SRA. BEATRIZ
POGGETTI PICCOLI: Eu não poderia deixar de agradecer e de dizer que a
receptividade dos senhores só vai se fazer valer se os senhores, na nossa
próxima vinda aqui, levantarem o dedo, como o Dr. Thiago levantou, dizendo que
fizeram o exame de próstata. Eu quero dizer e lembrar aos Srs. Vereadores que a
mulher faz exames ginecológicos uma vez por ano: não tira pedaço, não mata, nós
fazemos isso. Por que os senhores não são homens suficiente para fazer o exame
de próstata?
Eu gostaria de sugerir agora, em nome dos idosos de
Porto Alegre: por que não pensamos também em fazer um hospital para o idoso
carente? Chega de os hospitais terem idosos ocupando leitos porque eles não têm
para onde ir, pois muitas vezes a Associação Emanuel não tem leito. Nós, muitas
vezes, improvisamos uma cama para poder receber porque, quando alguém nós é
atirado no chão, durante a madrugada, na calçada, por princípio, o Pastor
Araudo não diz “não” para ninguém. Então, eu acho que os senhores têm obrigação
de pensar porque, respeitando o idoso vocês estão respeitando a si mesmos. E eu
estou muito cansada, muito chateada de ver esse desrespeito acontecendo no meu
Município e no Município dos senhores também. Pensem nos idosos com respeito a
vocês mesmos, por favor. Muito obrigada. (Palmas.)
(Não revisado pela oradora.)
O SR. JOÃO
CARLOS NEDEL (Requerimento): Sr. Presidente, em meu nome e do Ver. João Derly,
requeiro que o Grande Expediente seja transferido para a Sessão de
segunda-feira.
O
SR. PRESIDENTE (Dr. Thiago): Em votação o Requerimento dos Vereadores João
Carlos Nedel e João Derly, que solicitam a transferência do Grande Expediente
para a próxima Sessão. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o
aprovam permaneçam como se encontram. (Pausa.) APROVADO.
O Ver. Tarciso Flecha Negra está com a palavra para
uma Comunicação de Líder.
O SR. TARCISO
FLECHA NEGRA: Boa-tarde, Presidente, Vereadores, Vereadoras, todos que nos assistem;
nesta quinta-feira comemoramos o Dia Internacional Contra a Discriminação
Racial, instituído pela ONU em alusão ao massacre
ocorrido no dia 21 de março de 1960 na cidade de Joanesburgo, capital da África
do Sul. Naquele momento eu estava com dez anos. Naquela data, 20 mil negros
protestavam contra a Lei do Passe que os obrigavam a portar cartões de
identificação especificando os locais por onde eles podiam circular. Que
beleza, não é? Embora o protesto fosse pacífico, tropas do Exército
confrontaram-se contra os manifestantes matando 69 pessoas e ferindo 186
negros. Diante do massacre, a ONU instituiu a Declaração sobre a Eliminação de
Todas as Formas de Discriminação Racial classificando como discriminação racial
qualquer distinção, exclusão, restrição ou preferência baseada na raça, cor,
ascendência, origem étnica ou nacional com a finalidade ou o efeito de impedir
ou dificultar o reconhecimento e exercício, em bases de igualdade, aos direitos
humanos e liberdades fundamentais nos campos político, econômico, social,
cultural ou qualquer outra área da vida pública.
Apesar da Declaração
da ONU, o combate à discriminação racial segue a passos lentos, uma vez que o
racismo, na maioria das vezes, ocorre de maneira velada. No Brasil, onde mais
de 50% da população é formada por negros e afrodescendentes, as desigualdades
persistem apesar dos avanços registrados nos últimos 10 anos. Para se ter uma
ideia, os negros representam apenas 20% dos brasileiros que ganham mais de dez
salários mínimos; a população negra também representa apenas 20% dos
brasileiros que chegam a fazer pós-graduação no País.
Por isso, minha luta
por uma educação digna para nossas crianças e adolescentes. Temos que mudar
a realidade do País, mas, para isso, temos que começar dentro de casa, na nossa
Cidade.
Por isso a minha luta, Janta, para que exista um
Museu do Negro em Porto Alegre, para a valorização da história do povo que
praticamente construiu a nossa Cidade e o nosso País.
Não podemos mais admitir qualquer tipo de
discriminação. Temos que fazer políticas públicas voltadas a um caminho mais
digno de igualdade e justiça para todos.
Essa é a minha luta, e não é só pelas crianças
negras: é por todas as crianças, pela igualdade.
A luta pelo Museu é para que as crianças negras
entendam o que o negro representa em Porto Alegre e no Brasil. Então, é
importante acabarmos com a discriminação.
Em São Paulo está havendo um trabalho espetacular
nas escolas; as crianças brancas, negras, amarelas, índias, todas estão indo
aos museus, não só ao do negro, mas a outros. Então, chegou o momento de Porto
Alegre também fazer esse reconhecimento; essa discriminação vem desde a geração
do meu pai, porque as crianças não tinham essa chance. No momento em que a
criança negra tiver essa chance junto com a criança branca, elas vão entender
que somos iguais perante Deus, perante os homens, perante tudo. Somos uma raça
chamada ser humano, e ser humano não tem cor. Essa é a verdade! Obrigado.
(Palmas.)
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Dr. Thiago): Parabéns, Ver. Tarciso. O Ver. Tarciso é
professor do meu irmão.
A Ver.ª Jussara Cony está com a palavra para uma
Comunicação de Líder.
A SRA. JUSSARA
CONY: Sr. Presidente, Sras. Vereadoras e Srs. Vereadores, nossas visitantes
da Tribuna Popular, que já deixaram sementes importantes nesta Câmara, sob o
ponto de vista da saúde do homem, que está ligada diretamente à saúde das
mulheres, à saúde da família, à saúde da sociedade. Parabéns. Nosso Vereador
Maroni representou nossa Bancada e muito bem, com uma proposta importantíssima,
à qual já estamos nos perfilando.
Subo, Sr. Presidente, nesta tribuna hoje, para, de
certa forma, dar consequência a uma temática já discutida nesta Casa por vários
Vereadores, que foi trazida pelo Ver. Nagelstein, em relação à importância de o
Centro de Eventos ser localizado na cidade de Porto Alegre. Estou vindo de uma
reunião importante com a Secretária de Turismo do Estado, nossa companheira de
Partido, Abgail Pereira, exatamente a partir de uma declaração importantíssima
que mostra de um lado o compromisso, de outro a responsabilidade e, de outro, a
sensibilidade do Governador Tarso Genro. A declaração do Governador Tarso Genro
no Programa Tá na Mesa é uma declaração extremamente importante. Quando lhe foi
perguntado sobre o Centro de Eventos e sua localização, o Governador disse, com
todas as letras, sua responsabilidade e sensibilidade, que, em 30 dias, o
Governo do Estado teria uma resposta, e nomeou a coordenação desse processo à
Secretária Abgail com outros membros do Governo para os encaminhamentos, e o
Governo iria procurar o Prefeito Fortunati para buscar uma articulação conjunta
sob o ponto de vista de áreas, porque o projeto arquitetônico está pronto – eu
já tinha dito nesta tribuna –, feito pelo Niemeyer, possivelmente seu último, e
está sob a coordenação de João Niemeyer, que é seu sobrinho e que hoje coordena
o escritório. Isso foi, na verdade, a retomada de um projeto, desde o primeiro
dia na sala de gestão, implementada pelo Governador Tarso Genro – eu era
Secretária do Meio Ambiente e os projetos estratégicos iam para esta sala de
gestão –, e a Secretária Abgail considerou a importância de um Centro de
Eventos. Claro que teve uma série de elaborações, toda uma série de
possibilidades; o Rio Grande do Sul inteiro e principalmente a Grande Porto
Alegre, a Secretária e o Governo tiveram as mais variadas conversações, mas,
sem dúvida nenhuma, está-se encaminhando para que esse centro de eventos seja
na cidade de Porto Alegre, e nós, Vereadores, temos que estar junto. A
sensibilidade, a responsabilidade do Governador Tarso Genro de assumir, como Governo
do Estado, e buscar essa conversa através dos seus secretários nomeados – no
caso a Secretária Abgail Pereira – e fazer esse movimento é importante, porque
Porto Alegre é uma cidade que não pode ser um corredor do Mercosul. Porto
Alegre tem tudo para ser a capital do Mercosul, e um centro de eventos, que não
é apenas a questão do turismo, é muito mais do que isso; um centro de eventos,
a partir da própria convivência das pessoas na cidade de Porto Alegre, que
permita as mais variadas articulações de eventos, sob todos os aspectos, traz
uma outra dinâmica, dá um outro desenvolvimento. E essa movimentação dita pelo
Governador no programa Tá na Mesa, esse compromisso do Governador, esse olhar
para o trabalho em conjunto e buscar conversar com o Prefeito, designando a
Secretária para mais essa tarefa, e que em 30 dias nós teremos uma resposta,
isso é muito importante. Eu trago isso neste momento aqui exatamente porque
esta Casa, oposição e situação, tem que ter um papel importante. Nós temos que
nos unificar em torno desse centro de eventos na cidade de Porto Alegre, e eu
tenho absoluta convicção de que vamos fazer isso. Em 30 dias, segundo o
Governador, nós teremos o retorno disso. São áreas que estão em discussão, e,
sem dúvida, o Governo do Estado, junto com a Prefeitura Municipal e com a nossa
participação – temos uma frente de turismo, que é liderada pelo Ver. Nedel –,
temos que colocar inclusive essa frente – não sei se o Ver. Nedel está aqui,
mas vou conversar com ele – a serviço dessa articulação ampla. Porto Alegre
sairá ganhando. Quero cumprimentar a Secretária Abgail, o secretariado que está
envolvido sob a sua coordenação e principalmente o Governador Tarso Genro, que
não fugiu da responsabilidade de o Governo do Estado ter um centro e esse
centro ser localizado na Cidade de Porto Alegre. Nós temos de estar unidos para
que isso ocorra, porque ganha a Cidade. A Cidade de Porto Alegre ganha um
trabalho realizado em conjunto.
Saí dessa reunião muito satisfeita, porque vejo os
encaminhamentos sendo feitos nessa visão republicana que temos que ter do atual
estágio da sociedade brasileira, para o nosso desenvolvimento, o
desenvolvimento do turismo, o desenvolvimento das atividades, a geração de
emprego e renda e para que Porto Alegre seja, sim – e pode ser –, o centro de
eventos do Mercosul, fortalecendo a sua vocação de ser essa cidade democrática,
a cidade que a todos acolhe, a cidade do Fórum Social Mundial, do Orçamento
Participativo, a cidade que tem uma Câmara Municipal que também nunca se furtou
de ser parceira estratégica nos momentos em que Porto Alegre está em jogo para
avançar, para se desenvolver e para ser aquilo que é uma marca registrada
sempre, em qualquer momento, uma cidade de todos, para todos, acolhedora
através de um centro de eventos da dimensão que Porto Alegre tem de ter. O que
temos atualmente não está comportando mais essa dinâmica que esta Cidade e o
seu povo criou através dessa vocação do gaúcho que se materializa muito na sua
Capital, em ser tão acolhedora, em ser tão dinâmica na busca de soluções e no
recebimento daqueles que aqui vêm contribuir na área da ciência, na área da
tecnologia, na área da cultura, na área do turismo, na área do desenvolvimento,
na área da educação, na área do meio ambiente. Acho que o Governador Tarso Genro,
mais uma vez, demonstra o significado da posição do seu Governo, mais uma vez
demonstra essa vocação que o Governador tem de fazer articulações amplas, no
caso com a Prefeitura Municipal, para que possamos ter um centro de eventos que
parta do princípio de que é feito por todos e para todos. Muito obrigada.
(Não revisado pela oradora.)
O SR.
PRESIDENTE (Dr. Thiago): O Ver. Idenir Cecchim está com a palavra para uma
Comunicação de Líder.
O SR. IDENIR
CECCHIM : Sr. Presidente, Sras. Vereadoras e Srs. Vereadores. Ver.ª Jussara Cony,
escutei com muita atenção o seu pronunciamento, que é importante; e, sobre a
Secretária Abgail, mesmo que forças do Governo quisessem mexer na Secretaria há
pouco tempo, eu conheço a sua competência lá de Caxias do Sul e sei que ela faz
esse trabalho sobre o centro de eventos com muita competência e muita
tenacidade. Tenho certeza que não haveria melhor escolha do que se fazer o
centro de eventos do Rio Grande do Sul aqui em Porto Alegre. Se formos olhar o
turismo receptivo, a esmagadora maioria dos que dirigem-se a Porto Alegre, aqui
nós temos infraestrutura. Só que eu estou muito preocupado com a posição do
Governo do Estado. Ele dá um tiro para um lado e assopra para o outro! O
Governo do Estado se bandeou todo para a tal de reunião para construir um novo
aeroporto lá na cidade de Nova Santa Rita e Portão. Foi todo o Governo para lá.
O Secretário de Infraestrutura e Logística, Caleb
de Oliveira... até vou pedir ao nosso colega Airto Ferronato para dar uma
acalmada no Secretário e nós juntarmos todos os nossos esforços para que se
termine de construir o Aeroporto Salgado Filho. Então, não adianta o Governador
Tarso Genro acenar com o centro de eventos em Porto Alegre e não terminar o
Aeroporto!
Aqui diz muito mais (Lê): “O Secretário do
Desenvolvimento e Promoção do Investimento destacou a presença das inúmeras
autoridades e da comunidade. E no ato já demonstrava sinais de êxito do novo
projeto: ‘O Governo do Estado está alinhado com todos os segmentos da sociedade
nesta causa e somos parceiros para que o projeto chegue nas mãos da Presidente
Dilma Rousseff’”.
Mas que pena que o Governo Tarso Genro não faça
isso para ajudar a terminar o Aeroporto Salgado Filho! A Prefeitura de Porto
Alegre gastou uma fortuna, fez a sua parte. Graças a Deus que fez a sua parte
e, além disso, deu melhor qualidade de vida para as pessoas que estavam jogadas
na Vila Dique. E fez uma nova cidade para essas pessoas, uma casa com
dignidade, para que a pista fosse feita. Faz mais de um ano, e a Infraero fez
apenas um muro. Na época em que se tenta derrubar todos os muros, a Infraero
faz um muro para que não voltem mais pessoas para lá. Acho que está certo; se
for para fazer uma pista, que se faça isso, mas então que se faça a pista do
Salgado Filho! Mas o Governo do Estado não mexe uma palha para isso. Nós vamos
ficar aqui gritando, falando, e o Governo do Estado manda todo o seu governo
para apoiar a construção do Aeroporto 20 de Setembro, claro que para fazer
média com aquele grupo importante. E o empresário que está liderando isso é um
empresário importante, sério, que é o Dr. Gusmão, do Jornal NH, lá de Novo
Hamburgo, São Leopoldo, Canoas e adjacências. Casualmente, quando se fez esse
aeroporto, era tudo nas cidades em que o Governo era do PT, que apoiaram as
obras do aeroporto lá.
Agora nós, em Porto Alegre, precisamos fazer o
centro de eventos. Precisamos, queremos e vamos lutar para isso! Mas temos que
lutar pelo centro de eventos e por um aeroporto, para que as pessoas cheguem
aos eventos, um aeroporto para o qual Porto Alegre já deu a sua parte, continua
dando; vai tirar a vila Nazaré, vai fazer uma nova cidade, praticamente, um
novo bairro para a vila Nazaré, lá na Assis Brasil, num lugar bom, e tem que
ser assim, só que o Governo do Estado não olha nada para isso e vai dar apoio
lá para fazer o aeroporto lá no fundo, o Aeroporto 20 de Setembro! E vai
demorar, na melhor das hipóteses, mais 25 anos para ficar pronto.
Então, Ver.ª Jussara Cony, eu quero cumprimentá-la
pelo pronunciamento no sentido de que faça o centro de eventos em Porto Alegre,
mas quero pedir-lhe também que façamos o mesmo esforço no sentido de que
termine o Aeroporto Salgado Filho, que façam essa pista aqui em Porto Alegre.
Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE
(Dr. Thiago): O Ver. Clàudio Janta está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
O SR. CLÀUDIO
JANTA: Vereadores, Vereadoras, Sr. Presidente, Ver. Dr. Thiago, publico que nos
assiste nas galerias e pela TVCâmara, uso esta tribuna em nome do meu Partido,
o PDT, para comunicar à população de Porto Alegre, aos trabalhadores que, hoje,
às 10 horas da manhã, assumiu no Ministério do Trabalho o novo Ministro do
Trabalho, Manoel Dias, Secretário-Geral do nosso Partido, que assume esta
incumbência de dirigir um Ministério que é responsável pelo desenvolvimento e
valorização do trabalho. Ele assume já mostrando o verdadeiro lado do nosso
Partido, do PDT, dizendo que está engajado na luta dos trabalhadores e
aposentados brasileiros pelo fim do fator previdenciário. Isso, para todos os
trabalhadores, para todos os aposentados do Brasil, tem um significado muito
importante; este é o papel do Ministério do Trabalho: ser mediador entre as
duas partes da produção e os trabalhadores e, principalmente, desenvolver políticas
de proteção aos desfavorecidos.
Esperamos que o nosso Ministro, Manoel Dias,
cancele a Portaria que acabava com o Sindicato dos Pescadores, que foi editada
há menos de 30 dias; cancele a Portaria que tirou o direito dos servidores de
todas as instâncias – municipais, estaduais, federais – de firmar acordo ou
convenção; que este Ministério do Trabalho reveja o reajuste do
seguro-desemprego, que ficou abaixo da inflação. Mas o principal legado que
fica é o Ministro entrar disposto e coeso com a Bancada Federal do PDT, de
botar em votação o Projeto que estipula o fim do fator previdenciário, de botar
em votação um Projeto que prevê que homens e mulheres que trabalhem por uma
vida toda... Porque se nada for feito os homens se aposentariam com 105 anos –
a soma do tempo de trabalho e do tempo de contribuição teria que dar 105 anos –
e as mulheres com 95 anos. No nosso entendimento, se isso fosse mantido,
teríamos um exército de pessoas produtivas e desempregadas no Brasil vivendo às
custas do seguro-desemprego, teríamos um exército de pessoas sem oportunidade
no mercado de trabalho, porque, hoje, a maior dificuldade que nós temos, além
da valorização do trabalho e da igualdade de oportunidades entre homens e
mulheres, Ver. Tarciso, é de ter a empregabilidade de pessoas acima dos 45
anos. Vários setores do mercado de trabalho já consideram homens ou mulheres em
sua plenitude aos 45 anos, quando a pessoa chega na plenitude do mercado de
trabalho. Os países asiáticos dão o maior valor às pessoas dessa faixa etária,
mas, no nosso País, essas pessoas já se tornam velhas e obsoletas para o
mercado de trabalho. Então, nós não podemos permitir que este fator fique
assombrando a vida dos trabalhadores brasileiros.
Também temos certeza, conforme declarações do Ministro,
de que irá agilizar no Congresso Nacional a ratificação da convenção 158 da OIT
e da 151: uma que permite aos servidores instaurar dissídio e convenção com os
Governos e a outra que acaba com a demissão voluntária; que acaba com o que tem
hoje no Brasil: quando o trabalhador começa a ganhar um pouco mais, as empresas
botam para a rua e contratam pessoas com salários inferiores.
Então, temos certeza de que os trabalhadores
brasileiros estão protegidos por um Ministro que tem o compromisso do PDT de
lutar pelos direitos dos trabalhadores, de lutar pela garantia e pelas
conquistas dos trabalhadores...
(Som cortado automaticamente por limitação de
tempo.)
(Presidente concede tempo para o término do
pronunciamento.)
O SR. CLÀUDIO
JANTA: ...Com força e fé vamos melhorar a vida dos trabalhadores e
trabalhadoras brasileiras. Obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Dr. Thiago): Quero lembrar a nossa reunião do Grupo de Trabalho
às 16h para os Vereadores que foram indicados pela Bancada de oposição e de
situação.
Passamos às
O Ver. Alberto Kopittke está com a palavra em
Comunicações.
O SR. ALBERTO
KOPITTKE: Estimados colegas, muito boa-tarde a todos os que nos assistem aqui no
Plenário e pela TVCâmara, eu venho, hoje, aqui, no período de Comunicações,
trazer algumas iniciativas que o meu mandato está apresentando para esta Casa e
para a Cidade em relação ao tema da Segurança pública. Eu escutei, ontem,
algumas falas, e queria dialogar especialmente sobre a fala do Ver. Valter, que
não está aqui no momento, mas, ontem, eu disse que falaria sobre isso com ele.
Certa feita, ele nos criticou de tratarmos dos
temas nos momentos de tragédias. Mas foi, exatamente, isso que foi feito aqui
ontem por ele, falando sobre o triste caso de uma família e aproveitando essa
perda para fazer política eleitoral.
Não me parece que seja esse o verdadeiro caminho
que a nossa Cidade e o nosso Estado esperam de nós Parlamentares em relação a
esse tema tão complexo, que é o problema da violência na nossa Cidade.
Eu apresentei um Projeto. Quero partir para
propostas concretas, porque é disso que se trata, e não apenas ficar aqui
fazendo discursos acusatórios. Quero apresentar à Casa um Projeto que visa a
estabelecer e criar, no âmbito do Plano Diretor, o Estudo de Impacto de
Segurança pública para que cada vez que nós tivermos um grande empreendimento
na Cidade, esse empreendimento, além dos outros estudos de impacto que devem
ser feitos – trânsito, mobilidade, saúde, meio ambiente –, ele, também, tenha que
fazer um estudo sobre o impacto que vai gerar naquela comunidade em relação à
Segurança pública, tanto do ponto de vista da demanda pelo serviço de
segurança, do atendimento das polícias, quanto até mesmo a aspectos
arquitetônicos desse estabelecimento.
Nós estamos criando em Porto Alegre verdadeiras
ilhas, verdadeiras fortalezas, viradas de costas para a Cidade. E nada mais
danoso para que nós passamos ter uma Cidade onde as pessoas convivem nas ruas,
onde as pessoas se encontram, as gerações se formam no encontro da rua. Este
Projeto visa a fazer este debate também. Os empreendimentos terão que arcar com
custos de contrapartidas e medidas mitigatórias para reduzir o impacto que
trazem para essa região, seja implantando câmeras de monitoramento em parceria
com a Prefeitura Municipal, por exemplo, como o Projeto que eu tive a
oportunidade de coordenar em Canoas, que colocou 140 câmeras de monitoramento
na cidade, através de parcerias com condomínios, empresários, empresas,
indústrias da Cidade, quanto fazer uma transferência para o Fundo Municipal,
que eu também propus a criação.
A nossa Cidade hoje não tem um Fundo Municipal de
Segurança. Esse recurso vai se gerido e decidido pelo fórum comunitário de
segurança da região onde o empreendimento está sendo estabelecido. Então, é um
mecanismo de participação, de transparência, que visa, exatamente, a nós termos
mais força na nossa Cidade para equiparmos, sim, as polícias, trazermos novas
tecnologias para a cidade e assim também reduzirmos a violência.
Eu também apresentei um outro projeto que é o
Estatuto de Segurança do Transporte Público da cidade de Porto Alegre. Para que
nós possamos ter tanto em ônibus, lotações, no Catamarã, no Trensurb, no futuro
metrô, mecanismos de prevenção à violência que tragam efetiva segurança para o
trabalhador que se desloca ou está ali na estação aguardando o transporte
público. São algumas medidas concretas. Venho aqui fazer um apelo para que o
Prefeito estabeleça, efetivamente, uma parceria com o Governador, para
implantar, aqui em Porto Alegre, medidas de melhoria de Segurança pública.
Essas medidas só funcionarão se forem feitas de forma integrada. A Prefeitura
não implantou, por exemplo, já faz seis anos, o Território da Paz da Bom Jesus,
enquanto que, em quatro anos, por exemplo, implantamos na cidade de Canoas o
território do Guajuviras...
(Som cortado automaticamente por limitação de
tempo.)
(Presidente concede tempo para o término do
pronunciamento.)
O SR. ALBERTO
KOPITTKE: ...que reduziu em 75% os homicídios naquele território. São parcerias
como essas, ou como o próprio Prefeito de Caxias, para não ficar só aqui no meu
Partido, vem realizando no Governo do Estado, reduzindo os indicadores da
violência. É com integração e diálogo que nós vamos pode vencer a violência; não
com oportunismo em cima de tragédias e preocupações eleitoreiras. Muito
obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Dr. Thiago): O Ver. Alceu Brasinha está com a palavra em
Comunicações.
O SR. ALCEU
BRASINHA: Sr. Presidente, Srs. Vereadores e Sras. Vereadoras, venho a esta tribuna
para falar algumas coisas boas que acontecem na Cidade e
algumas coisas que não acontecem, que vêm lá de trás, um pouco de cada ponto.
Ver. Cassio, quero
dizer da minha satisfação em ter uma Secretária da Educação tão competente e
que dá retorno como a Secretária Cleci. Todas as vezes em que solicito alguma
coisa, a Secretária Cleci imediatamente atende e resolve os problemas. É uma
Secretária que dá muita satisfação ao Prefeito Fortunati. É uma Secretária que só
traz satisfação ao Poder Executivo, pois ela resolve mesmo. Então, ela é um
exemplo de Secretária.
Também quero falar um
pouco das coisas boas que o Governador faz pelo Rio Grande, o Governador Tarso
Genro tem muitos pontos que acho que são muito bons. O Governador tem feito, na
Segurança Pública, um bom trabalho; a polícia nunca trabalhou tanto quanto tem
trabalhado neste Governo. A Polícia tem dado respostas imediatas, Ver. Paulo
Brum, tanto a Polícia Civil quanto a Brigada Militar. É um conjunto de segurança
que tem dado respostas imediatas. Então o Governador está de parabéns. Quando
um Governador faz um bom trabalho, ele tem de ser reconhecido; se não faz, a
gente critica. Mas sou um Vereador que reconheço as coisas boas que ele faz. O
Governador tem feito, e tenho a absoluta certeza de que irá fazer mais ainda
pelo Rio Grande e pelo Brasil. Mas, por outro lado, discordo da Presidente
Dilma. Eu sou um admirador dela, mas acho errado ela ter ido para a Itália, com
uma comitiva enorme, para o hotel mais caro que podia ter escolhido. Uma
Presidente que se diz Presidente do povo, das pessoas mais carentes, não
poderia ter ido para uma suíte tão cara. Ver. Sofia, estou falando da
Presidente Dilma, mas reconheço as coisas boas que acontecem no Rio Grande, feitas
pelo Governador Tarso Genro. Desconheço o que a Presidente foi fazer na Itália,
para falar com o Papa, levando uma comitiva daquele tamanho e com o gasto que
vai ter. Quero ver quanto vai custar essa viagem. Ver. Cecchim, cá para nós,
não tinha necessidade de ela levar todo esse pessoal, não tinha. Vereador
Janta, V. Exa. defende o trabalhador; eu acho que V. Exa. também tem que cobrar
da Presidente, porque realmente é um absurdo o que ela fez.
O Sr. Mario Fraga: V. Exa. permite um
aparte? (Assentimento do orador.) Vereador, meus parabéns pelo pronunciamento.
Só queria fazer justiça pelas suas palavras quanto à Polícia Civil, em
especial, que conseguiu prender os três assaltantes que infelizmente tiraram a
vida daquela menina ali na Rua São Luiz, no bairro Santana. A Polícia Civil fez
o seu serviço e em menos de uma semana prendeu os três delinquentes. Muito
obrigado.
O SR. ALCEU BRASINHA: Por isso eu falo que
o Governador está determinando bem na Segurança. Essa é a demonstração, a
Polícia Civil responde quando tem um Governo que está preocupado com a
Segurança. Para isso temos as competentes Polícia Civil e Brigada Militar.
O Sr. Alberto Kopittke: V. Exa. permite um
aparte? (Assentimento do orador.) Por favor, só dando sequência a essa
discussão muito bem colocada pelo senhor, a Polícia Civil, nesses três meses
deste ano, resolveu 400% de homicídios a mais do que no ano anterior, mostrando
esse empenho em resolver os casos. Foram 60% de homicídios da Cidade já
resolvidos, e tenho certeza de que isso, no futuro, vai trazer uma redução.
O SR. ALCEU BRASINHA: É bem por aí mesmo,
Ver. Alberto Kopittke. Eu digo isso porque eu acho que o Governador soube
escolher bem o Chefe de Polícia, soube escolher bem o Comandante da Brigada,
por isso está tendo essa resposta imediata. Ver. Cleiton, que é ligado à
Polícia, o Delegado Ranolfo Vieira tem feito um belíssimo trabalho. E quando eu
vejo o trabalho que o Ranolfo tem feito, eu penso que é graças ao Governador
que escolheu bem um Chefe de Polícia como o Ranolfo. Então, eu, como Vereador e
cidadão desta Cidade, reconheço o bom trabalho que o Governador vem fazendo.
Agora, eu quero falar
também, Ver. Comassetto, sobre o transporte de Porto Alegre. Eu falei sobre
isso naquela nossa reunião. Ele é bom, e achamos que é bom quando usamos o
transporte em outra Cidade. Aí vemos que temos saudade do nosso transporte.
Então, realmente, acho que tem se fazer alguma coisa a mais, um benefício. Eu
acho que nós temos que ampliar os benefícios dos lotações. Ver. Idenir Cecchim,
os lotações são grandes, são ônibus e não dão isenção nenhuma. Eu acho que nós
temos que começar a ver novamente como funcionavam lá atrás os lotações, Ver.
Janta, como concessão pública, porque são poucos os donos hoje, a maioria é de
empresas que adotaram o sistema. Eu acho que uma concessão púbica não pode ser
vendida, deve ser devolvida para o Poder Público.
O mesmo sistema que
estão fazendo com os táxis, eu acho que temos que ampliar, Ver. Cecchim, para
os lotações. Voltar e ver como é que foi feito, se foi sorteio, licitação,
porque, realmente, os lotações também ocupam o trânsito. Os lotações são
praticamente um ônibus e não oferecem isenção nenhuma, nem para cadeirante,
para idosos, para estudantes, nada. Eu acho que está na hora de ampliar esses
benefícios para os lotações, Ver. Tarciso.
Eu quero agradecer,
Ver. Tarciso, porque eu tinha trocado o tempo com o senhor e, gentilmente, V.
Exa. me cedeu novamente.
Eu acho que tem que
ampliar essas isenções, porque não é possível transitar vários ônibus grandes
fora dos corredores. Eles carregam 20, 21 pessoas e não dão isenção nenhuma.
Como é que foi no passado? Eu gostaria de saber. Vou fazer um apelo e criar uma
comissão especial para saber como funcionava na época. Eu acho que nada mais
justo do que esclarecer isso.
Agradeço a todos que
me deram a oportunidade de falar.
(Não revisado pelo
orador.)
O SR. PRESIDENTE (Dr. Thiago): O Ver.
Delegado Cleiton está com a palavra em Comunicações.
O SR. DELEGADO CLEITON: Sr. Presidente, Srs.
Vereadores, Sras. Vereadoras, público aqui presente, eu gostaria, mais uma vez,
de dizer ao colega Kopittke do respeito que tenho por ele, e me solidarizo no
sentido de que seja criado o Território da Paz, na Bom Jesus. Tanto é que já
fiz um Pedido de Providências, solicitando que o problema Território da Paz
seja estendido à Vila Bom Jesus.
Gostaria também de
parabenizar pelos 20 anos que ontem se completaram do Sindicato dos Escrivães,
Inspetores e Investigadores da Polícia Civil do Rio Grande do Sul, a Ugeirm.
Sindicato este que luta incessantemente pela valorização da Segurança Pública e
dos seus agentes. É importante falar do empenho que o Secretário de Segurança
tem feito – o meu amigo Airton Michels – na Segurança Pública do Estado. É
importante também falar do empenho do nosso Governador do Estado. É importante,
principalmente, falar do empenho que esses agentes policiais fazem na Segurança
Pública deste Estado. Por isso, outra vez cobrei – vou voltar a cobrar e
cobrarei sempre – mais investimentos em Segurança Pública. Que os 33%
investidos na Segurança Pública sejam cobrados, porque estou falando do anseio
que a comunidade rio-grandense, porto-alegrense que os policiais civis têm em
poder trabalhar dignamente. Também gostaria aqui de falar sobre a aprovação da PEC
sobre as domésticas, aprovação em primeiro turno. O Plenário aprovou, nesta
terça-feira, dia 19, por unanimidade, no primeiro turno, a proposta de Emenda
Constitucional que amplia os direitos trabalhistas dos empregados domésticos.
Companheiro Janta, essa é uma luta muito antiga que agora equiparou os
trabalhadores, a maioria são mulheres, que na sua
maioria são negras. Esse anseio vem quebrar todo um estigma de uma sociedade
machista e preconceituosa, porque, até então, esses trabalhadores viviam sob a
égide escravagista.
O tempo é pouco para
falar de Segurança pública.
Para completar,
gostaria de pedir uma maior ação e combate contra um mal que nos aflige. Estou
peregrinando, durante a semana inteira, com uma menina de 24 anos, viciada em crack. Já busquei todas as
possibilidades, mas, infelizmente, continuamos sem alternativa para o
tratamento dessa jovem. Segurança e paz a todos.
(Não revisado pelo
orador.)
O SR. PRESIDENTE (Dr. Thiago): O Ver. Engº
Comassetto está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
O SR. ENGº COMASSETTO: Sr. Presidente,
colegas Vereadores, colegas Vereadoras, senhoras e senhores. Esse debate sobre
a Segurança pública, prezados Vereadores Cleiton, Brasinha e Cecchim, que
trataram desse tema aqui... Querer fazer um debate de Segurança pública,
desvinculado de um debate da relação republicana, é enfrentar o tema na
superficialidade. Não existe mais responsabilidade exclusiva sobre a Segurança
pública. Essa política tem que ser integrada: do Governo Federal, dos Governos
Estaduais e Municipais. Até porque aqui nós temos acordo de que o aumento
dos crimes, principalmente dos crimes organizados, com base nas quadrilhas com
organizações e intelectualidade bem informada e com a sustentação,
principalmente, dos roubos de bancos e do tráfico de drogas, é uma realidade, e
alguns locais tentam assumir a função do Estado, como estava sendo,
principalmente, no Rio de Janeiro.
A política de segurança tem que ser integrada, e,
se nós quisermos debater dados, Ver. Janta e Ver. Cecchim, vamos ter que
comparar o governo A com o governo B, com o governo C e nós vamos verificar que
quase todos esses dados estatísticos, sejam eles de homicídios, sejam eles de
roubo de carros, sejam eles de sequestro, sejam eles de roubo de bancos, não
são retilíneos, eles variam de período em período, com maior incidência de um
ou de outro. Aí que entra essa questão de ter uma política integrada, porque a
Polícia Federal tem que ter as ações de controle de fronteiras, de desenvolver
a grande inteligência de combate, principalmente do grande tráfico e
contrabando de armas, tem que estar integrado com as inteligências dos estados.
E os municípios passaram a adquirir um papel e uma responsabilidade nova nesse
processo, inclusive aqui, nesta Casa, Ver. Brasinha, nós aprovamos uma
Secretaria Municipal de Segurança. Para quê? Para ter aquela ação localizada,
uma política localizada. Qual é o papel da nossa Guarda Municipal? Qual é papel
dos seguranças de trânsito? Qual é o papel dos educadores nas escolas? Qual é o
papel das famílias? Esse debate tem que ser feito permanentemente, mas não
isolado da política do Estado, para atuar em conjunto com a Brigada Militar,
com a Polícia Civil, e entre elas integradas, suportado por uma inteligência
nacional que é da Polícia Federal, e a Defesa Civil tem que estar nesse rol.
Então, esse é um desafio que nós temos que fazer aqui, é nosso debate, é um
papel nosso, mas, aqui, desprotegidos de querer primeiro acusar o Município de
responsabilidade, ou o Estado, ou ainda a União. É dos três, os três entes
federativos são responsáveis. E nós sabemos as dificuldades que existem em
fazer trabalhos integrados. Por exemplo, em Porto Alegre, há dados de que,
nesse último período, houve uma melhoria de 478% na elucidação de homicídios.
Bom, mas é em cima dos homicídios, é um dado positivo, mas um fato como esse
que aconteceu na semana passada, do assassinato da menina, joga por terra todos
esses trabalhos positivos que são desenvolvidos.
Então, eu quero aqui dialogar, principalmente, com
a fala do Ver. Alceu Brasinha, que traz esse debate, com o meu colega Idenir
Cecchim e com o Delegado Cleiton, bom, vamos construir essa integração das três
esferas – e é papel, sim, do Município, é papel, sim, aqui desta Câmara poder
trazer esse tema.
E aqui veio o Delegado Müller, comandando, no ano passado, os delegados na questão da
disputa salarial, e eu, aqui, desta tribuna, falei, em nome da nossa Bancada do
Partido dos Trabalhadores, em nome do Governador Tarso, e disse: isso não é uma
agenda fácil, temos que sentar com a Mesa e negociar. Como disse para a Rejane,
Presidente do CPERS, em um debate lá no Conversas Cruzadas: não tem ganho que
seja para um lado só se não houver diálogo e construção. O que fez a Polícia,
os delegados? Aceitaram uma negociação, conquistaram a equiparação com os
promotores e, ao mesmo tempo, passaram a construir uma política para a Polícia
Civil de reorganização, reorientação e de compromisso com esse tema.
Agora, eu quero dizer aqui, minhas queridas
professoras, no Governo do Estado, que contratou 10 mil professores, concurso
público como não havia há muito tempo, deu aumento salarial, como não havia há
muito tempo, mas ainda há essa discussão do piso? É verdade, há, mas não
discutir a qualidade do ensino do Estado, as escolas ficarem vazias, os
professores e os diretores irem para casa antes do horário do fechamento das
escolas, o CPERS tem que assumir esse debate, assumir qual a responsabilidade
dos educadores em um processo de qualificação da Educação. Até porque, hoje, o grande
debate foi o resultado das redações do ENEM, porque é inaceitável que se tire
nota máxima tendo erros de Português que doem aos ouvidos de qualquer um.
Agora, onde reside isso? É só na correção? Não, isso é resultado de um processo
de educação, que é responsabilidade das famílias, dos educadores e do Estado.
Portanto, nessas políticas, sejam de Educação, de Segurança, ou de Saúde, nós
temos um papel fundamental aqui nesta Casa a fazer, e a integração das três
esferas na Segurança é um debate que recém estamos iniciando, mas tem que
avançar com uma velocidade que a sociedade exige. Um grande abraço. Muito
obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Dr. Thiago): O Ver. Idenir Cecchim está com a palavra em
Comunicações.
O SR. IDENIR
CECCHIM: Sr. Presidente, Sras. Vereadoras, Srs. Vereadores, estava escutando o
Ver. Comassetto, que gentilmente me citava durante seu pronunciamento sobre
Segurança pública – não é a minha especialidade, Vereador, mas agradeço. Eu
acho que realmente tem que ser responsabilidade dos três entes. Nós temos um
Vereador que já foi Secretário de Município, o Ver. Alberto Winogron, ele foi
Secretário de Segurança do Município de Canoas, onde implantaram um sistema em
um bairro, e parece que deu certo, está dando certo. Agora eu precisava, só
para esclarecimento, dizer que, no Território da Paz, na Vila Bom Jesus, não
foi possível fazer aquele projeto – eu vejo aqui o nosso ex-Vereador Nilo
Santos – porque o pessoal lá de Brasília desenhou um tamanho de Território da
Paz que, para consolidá-lo, seria preciso derrubar 50 casas de moradores. Aí
ficou ruim, por isso não pôde ser feito, só por isto: porque os tecnocratas – não foi culpa de A ou de B – resolveram desenhar uma área onde
precisavam ser derrubadas algumas casas, o que ficava ruim.
Quanto à Segurança
pública, o Delegado Ranolfo está fazendo um trabalho fantástico; ele trabalha
em todos os Governos com muita competência. Eu devo reconhecer que foi uma boa
escolha. A Polícia Civil está fazendo o seu trabalho de forma muito competente,
esclarecendo os crimes. Agora, que bom se pudéssemos evitá-los com a segurança
preventiva! E nós temos que fazer alguma coisa, realmente, porque está demais!
Eu não sei quem é o culpado e nós não vamos achá-los aqui, mas estamos com uma
insegurança enorme! Acho que tem que ter mais dinheiro público federal, alguma
coisa assim, porque estamos cansados de fazer enterros todos os dias.
O Sr. Alceu Brasinha: V. Exa. permite um
aparte? (Assentimento do orador.) Ver. Cecchim, para contribuir com o seu
discurso, eu lembro que era um sonho antigo da Polícia Civil adquirir um
helicóptero, e ela conseguiu. Isso engrandece a Segurança, porque a fortalece.
Em geral, todos os Estados têm, e o nosso não tinha. Agora eles contam com o
helicóptero equipado com câmeras para a segurança, o que é mais um ganho para o
Rio Grande.
O SR. IDENIR CECCHIM: Muito bem. Se formos
fazer a comparação entre A, B ou C, certamente nós vamos encontrar altos e
baixos de uns e de outros.
Agora, quanto à
Segurança do Município, como o Ver. Alberto e o Ver. Comassetto citaram, acho
que Porto Alegre é uma cidade que pode ter mais Centros Integrados. Mas
Municípios como Nova Araçá, Ibiraiaras, Guabiju, como terão segurança para
combater esses assaltantes? Eles não têm como! Isso tem que ser do Estado. Os
bandidos se organizam muito bem, mas a Polícia Civil e, principalmente, a
Brigada que faz a segurança preventiva, não têm como não ter a responsabilidade
sobre isso. Mas os bancos são assaltados; mas hoje em dia não é mais o banco, não é só o
patrimônio desse banco. Há o medo, a insegurança, o medo do sequestro, como
aconteceu em Cotiporã, como acontece em quase todas as cidades pequenas. Então,
tem que ter alguma coisa, acho que investir na inteligência das polícias: na
P-2, no pessoal da Polícia Civil; a Polícia Federal faz isso com muita
competência e parece-me que, agora, o nosso sistema de escuta está bem montado,
o Guardião, até demais, porque se ouve de tudo. Quando o pessoal me liga e
pergunta se o telefone está grampeado, eu digo: “O seu também está”. Em
princípio, todos nós estamos grampeados. Não o Vereador, mas o cidadão, porque
serve às vezes para proteção, mas, às vezes, para dar susto em algum,
ilegalmente. Então, é bom a gente se cuidar. O bom mesmo é que todo mundo faça
a coisa certa, porque aí não precisa se preocupar com o telefone grampeado;
isso é o ideal, que o telefone fique aberto, que todo mundo fique sabendo o que
se está falando, Ver. Brasinha.
Aquela catástrofe que aconteceu no Rio de Janeiro é
uma das coisas que está revoltando todo o Brasil. Todos os anos só se espera
para saber quantas vítimas são. Isso está demais, não dá mais para aguentar. Eu
fico lembrando todas essas mortes no Rio de Janeiro. Em São Paulo, dá uma
chuvarada e há mortes, também, muitos automóveis afundados. E eu não quero
fazer nenhuma provocação aqui, mas nós investimos no Conduto Álvaro Chaves. Se
alguém pensa que não vou falar... Não, vou falar, sim, tem que falar, tem que
elogiar, tem que aplaudir! Foram gastos R$ 60 milhões, bem gastos! Porque meia
hora depois daquela chuvarada terrível, de 72mm, em uma hora, as ruas em Porto
Alegre estavam todas transitáveis, não tinha alagamentos, graças a se ter
construído o Conduto Álvaro Chaves. E o que se está esperando é ver onde falhou
uma rede paralela. O nosso Conduto está funcionando muito bem, obrigado, em
todas as chuvaradas, e não há vítimas, graças a Deus.
O Sr. Clàudio
Janta: V. Exa. permite um aparte? (Assentimento do orador.) Ver. Idenir
Cecchim, tudo o que ocorre no Rio de Janeiro, ainda esta semana apareceu numa
rede de tevê: no Japão, um tsunami,
e, no Rio de Janeiro, aquela desgraça. E tudo isso com milhões e milhões de royalties de petróleo. Por isso eu acho
importante dividir esses royalties
com toda a população, porque quem tem que dar o aporte sempre é a União; o
Estado recebe milhões e milhões e o dinheiro some, como a gente vê, sem ter as
políticas públicas adequadas. E a nossa Cidade – que não recebe esses royalties – está mostrando como é que se
faz uma Administração que resolva os problemas do povo; mesmo com muita
discussão aqui na Câmara, mas os problemas do povo são resolvidos.
O SR. IDENIR
CECCHIM: É um bom alerta, Ver. Clàudio Janta.
O Sr. Valter
Nagelstein: V. Exa. permite um aparte? (Assentimento do orador.) Meu caro Líder,
nós muito mais concordamos do que discordamos, e é por isso, obviamente, que
somos parte de um mesmo Partido político. Mas eu, num particular, até porque
ontem, com a sua generosidade, por sua cessão de tempo falei, quero, de forma
muito fraterna, discordar. Eu acho que a insegurança pública do Rio Grande do
Sul tem culpa. Tem culpado. E é preciso que nós apontemos o culpado para que
ele se mexa, porque não está se mexendo. Quem tem essa responsabilidade –
embora todos tenham, pela questão constitucional, uma certa interface na
segurança – especificamente é o Governador Tarso Genro e é o Secretário
Michels. Porque o Governador é o comandante em chefe da Brigada Militar, ele é
que aloca os recursos para o Orçamento, ele que pode mandar construir presídio,
ele que tem que comprar viatura, que tem que comprar rádio, que tem que comprar
colete, que tem que treinar o brigadiano, que tem que dar equipamento para a
Polícia Civil – e isso, infelizmente, estamos vendo que não está acontecendo.
Então, não adianta fazer essa cortina de fumaça que o Ver. Engº Comassetto veio
fazer aqui de dizer que o Município tem a fazer a articulação e jogar para a
Guarda Municipal ou para quem quer que seja. Não! É responsabilidade do Governo
do PT. Quero dizer isso e quero agradecer pelo aparte. Muito obrigado.
O SR. IDENIR
CECCHIM: Obrigado, Vereador. Tenho apenas 45 segundos para dizer, Ver. Valter,
que nós não discordamos; eu fiz questão de, no início, dizer que o único mérito
que o Governador tinha era de ter escolhido o Ranolfo, só que não “deu as
horas” para ele. Quanto ao Michels, eu nem sei se ele continua Secretário,
porque eu nunca vi ele fazer nada, a não ser prometer interditar a Arena do
Grêmio – de uma infelicidade enorme. Ele não fez um presídio, não fez nada!
Então, por isso eu não dei a responsabilidade, porque eu não sei se existe a
Secretaria de Segurança. Existe a Polícia Civil. E o Governo do Estado vai
começar, provavelmente a partir do ano que vem, a pensar nisso. Obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Dr. Thiago): O Ver. João Derly está com a palavra em
Comunicações.
O SR. JOÃO
DERLY: Sr. Presidente, Sras. Vereadoras, Srs. Vereadores, primeiramente,
lembro dois acontecimentos deste dia: o Dia Mundial da Síndrome de Down, e faço
uma homenagem ao meu afilhado, Yves Lavin Dupont, o mais novo judoca com
Síndrome de Down a conquistar uma Faixa Preta. Ele é um guerreiro, hoje cursa a
Faculdade SOGIPA de Educação Física, e é monitor no Clube; é um exemplo a ser
seguido, assim como o Breno, no Rio de Janeiro, também com Síndrome de Down que
conquistou a Faixa Preta. Então, eu os parabenizo, pois são guerreiros,
juntamente com suas famílias, que lidam com essa dificuldade e que com grande
empenho enfrentam isso.
Hoje também é o Dia Mundial da Luta Contra a
Discriminação Racial. Cito a fala de um amigo meu, Gastroenterologista, que se
lhe fosse colocada uma venda nos olhos e ele só chegasse na hora da cirurgia,
ele não saberia com quem ele estaria lidando, que cor de pele, enfim. Enquanto
permanecermos julgando as pessoas pela cor, pela aparência, estaremos caindo no
mesmo erro que há anos vem se alastrando e oprimindo tantas pessoas que sofrem
com essa opressão. Fica aqui o meu apelo nesse sentido, para que todas as
raças, que lutam com muito empenho para terem os seus direitos, sejam
escutadas, sejam avaliadas, sejam acompanhadas e tenham espaço na nossa
sociedade.
Outra coisa que eu gostaria de trazer é o meu
repúdio – e eu posso trazer em nome do PCdoB, da Ver.ª Jussara e do Ver.
Rodrigo Maroni – ao aumento das passagens de ônibus. O Conselho Municipal de
Transportes, Comtu, aprovou reajuste de 6,51%. Hoje pela manhã, eu escutava o
programa Atualidade, na Rádio Gaúcha, e o Prefeito estava dando sua
justificativa para o aumento da passagem para R$ 3,06. O Tribunal de Contas já
tinha dito que teria que baixar esse valor da passagem. Quem sai perdendo, os
prejudicados geralmente são os trabalhadores, são as pessoas que têm
necessidade de pegar ônibus. Eu não gostei da justificativa, jogando também com
Canoas, e Canoas rebateu o Prefeito. Eu deixo uma pergunta para nós,
Vereadores, e para o povo de Porto Alegre, Ver. Janta: será que estão tentando
recuperar a segunda passagem gratuita? Eu acho que é uma coisa para se pensar.
Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Dr. Thiago): Convido os Vereadores Engº Comassetto, Jussara
Cony, Cassio Trogildo e Sofia Cavedon para irmos até a sala da presidência,
para reunião do nosso Grupo de Trabalho.
O Ver. Clàudio Janta está com a palavra em
Comunicações.
(O Ver. João Derly assume a presidência dos
trabalhos.)
O SR. CLÀUDIO
JANTA: Sr. Presidente, João Derly; Sras. Vereadoras e Srs. Vereadores, público
que nos assiste pela TV Câmara; realmente, o João Derly falou de uma questão de
muito interesse para os trabalhadores desta Cidade, que é um conselho que era
para ser um conselho para fiscalizar, que era para ser um conselho que
funcionasse como qualquer conselho nacional, estadual ou municipal, ou seja, um
conselho para regulamentar o preço da passagem de ônibus em Porto Alegre. A
maioria dos Municípios está reduzindo o preço da passagem de ônibus. A Central
que eu presido pediu assento nesse Conselho, e, através de uma portaria do
ainda Prefeito José Fogaça, foi nomeada para integrar o Conselho, mas nunca foi
convocada ou comunicada de nenhuma reunião.
É inadmissível o preço que querem para a passagem
de ônibus desta Cidade. Essas empresas agora fizeram uma campanha de vacinação
contra a gripe entre os seus trabalhadores, e os rodoviários de Porto Alegre
pensaram que essa campanha era para beneficiar as centenas de pessoas que andam
nos ônibus, e o que viram foi as empresas cobrando deles essa vacina da gripe.
Cobraram de cada um dos motoristas essa vacina e deveriam ter pedido para a
Secretaria Municipal da Saúde, que, com certeza, iria alcançar para eles essa
vacina, já que os motoristas e os cobradores transportam centenas de
trabalhadores diariamente. E as empresas, em sua ganância do dia a dia, ainda
tiram dinheiro do bolso desses trabalhadores que têm essa responsabilidade
imensa de transportar vidas. Essas mesmas empresas que detêm uma concessão
pública dizem que têm prejuízo. Mas ninguém atua num setor em que tenha
prejuízo! Ninguém atua! Ninguém fica com um armazém aberto se está dando
prejuízo! Ninguém fica com um supermercado aberto, com uma borracharia, com um
posto de gasolina, com nenhum comércio... nenhuma coisa que a pessoa bota para
fazer capital e dá prejuízo fica aberta! Mas o transporte coletivo de Porto
Alegre, conforme os empresários, dá prejuízo. Mas eles não entregam, eles não
devolvem a concessão para a Prefeitura para que ela faça uma nova licitação,
que tem que ser, eu acho, uma licitação até nacional, internacional, uma
licitação transparente, que dê dignidade aos trabalhadores de Porto Alegre, que
dê conforto aos trabalhadores de Porto Alegre.
A semana passada, a Prefeitura de Gravataí; a
semana retrasada, a Prefeitura de Canoas; diariamente, a gente vê nos jornais
prefeituras diminuindo o preço da passagem. O Governo Federal deu isenção para
as empresas de transporte coletivo na folha de pagamento com o objetivo de que
essa isenção barateasse um pouco a passagem, com o objetivo de que essa isenção
melhorasse e facilitasse a vida dos trabalhadores brasileiros, mas se vê a
ganância dos empresários do setor pedindo 15% de reajuste. E aí se vê esse
Conselho, que era para regulamentar o setor, dando orientação de quanto deve
ser o valor da passagem. Eu acho que os trabalhadores não suportam mais o preço
da passagem de ônibus em Porto Alegre, os trabalhadores não podem mais viver
com o preço dessa passagem. Temos certeza de que o Prefeito José Fortunati não
irá acatar esse aumento absurdo que um Conselho, que era para fiscalizar,
encaminha para que seja o reajuste da passagem de ônibus em Porto Alegre. A
classe operária de Porto Alegre, volto a dizer, não suporta mais essa ganância
que têm os empresários no transporte coletivo da nossa Cidade que não permite
que as pessoas cheguem com rapidez ao seu local de trabalho, que não permite
que as pessoas tenham dignidade no transporte para as suas casas, sempre em
ônibus lotados, abarrotados, em ônibus sem condição nenhuma.
Então, se o transporte coletivo não dá lucro,
devolvam a concessão para a Prefeitura de Porto Alegre, para que possamos fazer
um novo edital, para que possamos devolver a dignidade aos trabalhadores desta
Cidade. Com força e fé, seguiremos lutando pelos interesses dos trabalhadores
da nossa Cidade, do Rio Grande do Sul e do Brasil.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (João Derly): Obrigado, Ver. Janta.
Está encerrado o período de Comunicações. Como
houve acordo para transferir o Grande Expediente de hoje para segunda-feira,
passamos à
(05 oradores/05 minutos/com aparte)
1ª SESSÃO
PROC.
Nº 0721/13 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 045/13, de autoria do Ver. Engº Comassetto, que inclui a efeméride Dia Municipal
de Apoio ao Paciente de Doenças Raras no Calendário de Datas Comemorativas e de
Conscientização do Município de Porto Alegre – Lei nº 10.904, de 31 de maio de
2010, e alterações posteriores –, no dia 28 de fevereiro.
PROC.
Nº 0836/13 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 061/13, de autoria do Ver. Elizandro Sabino, que concede o título de Cidadão
Emérito de Porto Alegre ao senhor Marcelo Machado Bertoluci.
PROC.
Nº 1059/13 – PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 010/13, que altera o § 2º do art. 1º da Lei nº
11.395, de 27 de dezembro de 2012 – que autoriza o Executivo Municipal a
contratar, com instituições bancárias mantidas pelo Governo Federal – Caixa
Econômica Federal (CEF) ou Banco do Brasil –, com recursos transferidos pelo
Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, operações de crédito até
o limite de R$ 461.923.415,52 (quatrocentos e sessenta e um milhões, novecentos
e vinte e três mil, quatrocentos e quinze reais e cinquenta e dois centavos),
destinados à execução dos projetos de mobilidade urbana associados à Copa do
Mundo de 2014 –, e inclui art. 1ª-A na mesma Lei.
PROC.
Nº 1078/13 – PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 011/13, que dispõe sobre medidas relativas aos
jogos e eventos relacionados à Copa do Mundo FIFA 2014 no âmbito do Município
de Porto Alegre e dá outras providências.
2ª SESSÃO
PROC. Nº 2156/12 – SUBSTITUTIVO Nº 01, de autoria do
Ver. Bernardino Vendruscolo, que
institui regime urbanístico especial, destinado a incentivar a adequação e a
conclusão de obras de edificações inacabadas, residenciais, comerciais e
mistas, cujo projeto original tenha sido aprovado em data anterior à da
vigência da Lei Complementar nº 434 – Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano
Ambiental de Porto Alegre (PDDUA) –, de 30 de dezembro de 1999, e alterações
posteriores, e dá outras providências, ao
PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 038/12.
PROC.
Nº 0019/13 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 002/13, de autoria da Verª Jussara Cony, que institui a Política Municipal de
Formação e Capacitação Continuada de Mulheres para o Mundo do Trabalho e dá
outras providências.
PROC.
Nº 0585/13 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 027/13, de autoria do Ver. Delegado Cleiton, que altera, no Anexo II da Lei nº
10.903, de 31 de maio de 2010 – que institui o Calendário de Eventos de Porto
Alegre e o Calendário Mensal de Atividades de Porto Alegre, dispõe sobre a
gestão desses Calendários e revoga legislação sobre o tema –, e alterações
posteriores, o período de realização do evento Semana da Restinga.
O SR.
PRESIDENTE (João Derly): O Ver. Clàudio Janta está com a palavra para
discutir a Pauta. (Pausa.) Desiste.
Estão encerrados os trabalhos da presente
Sessão.
(Encerra-se a Sessão às 16h20min.)
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